Suzuki Katana versus Kawasaki Z900 RS – Comparativo Neo-Clássicas Desportivas
há 1 mêsIntrodução
Assistimos actualmente a um enorme desenvolvimento na oferta de modelos neo-clássicos, motos que apresentam uma estética inspirada nas linhas do passado mas plenas de modernidade na sua concepção e na sofisticação dos seus componentes, seja na sua motorização seja na sua ciclística.

O crescimento neste segmento de mercado, de motos clássicas modernas e a competição entre as diversas marcas fez com que a mesma se segmentasse e as marcas procurassem dar maior identidade e protagonismo aos seus modelos indo buscar inspiração a um passado histórico onde alguns dos seus modelos deixaram um legado de reconhecimento e protagonismo ainda hoje reconhecido.

É o caso das duas motos que selecionámos para este comparativo, pois ambas carregam precisamente na sua concepção o ADN de dois modelos que deixaram marca no passado, a Kawasaki Z900 com inspiração na famosa Z1 de 1972, a moto mais potente produzida nesse ano e a Suzuki Katana de linhas claramente inspiradas na Katana de 1982, moto de design futurista e controverso tendo sido a primeira moto carenada da Suzuki a ser comercializada.

Primeiro impacto
Nenhum dos dois modelos nos deixa indiferente e as suas linhas e estética remetem-nos de imediato para um passado glorioso, sobretudo no meu caso que vivi em directo o protagonismo que detinham na altura os dois modelos que serviram de inspiração para estas novas criações.
No caso da Kawasaki Z900 RS verificamos de imediato a origem da sua inspiração, tal é a evidência de alguns dos seus componentes. O depósito em forma de gota e de linhas inferiores rectas é claramente uma reprodução daquele utilizado nas antigas Z1. A adopção de um farol clássico redondo e de manómetros analógicos com acabamentos cromados revela também a mesma inspiração. Também as linhas e desenho do assento e a traseira da moto carregam consigo as linhas dos anos 70.

Embora a base da sua ciclística e motorização seja a popular naked desportiva Z900, houve todo um trabalho de adaptação do quadro original para se poder montar todos os novos componentes de linhas mais vintage. Uma transformação brilhante levada a cabo pela Kawasaki, como se de uma customização se tratasse, conseguindo um enorme equilíbrio final do conjunto e uma combinação perfeita entre o clássico e o contemporâneo.
A Suzuki Katana segue exactamente o mesmo processo e as suas linhas, sobretudo as da dianteira da moto, no conjunto assento, depósito e farol rectangular, colam de imediato à irreverência com que a Katana dos anos 80 atacou então o mercado. As suas linhas continuam a manter ainda hoje o sentimento de disrupção e rebeldia que marcaram o seu passado.

Totalmente revolucionária na altura, a versão actual da Katana carrega, agora pela mão do designer italiano Rodolfo Frascoli, toda a acutilância que o nome transporta consigo, já que a sua designação que nos remete para a própria história do Japão quando as Katanas eram as armas especialmente utilizadas dos senhores da guerra, os Samurais. A nova Suzuki Katana carrega por isso todo um protagonismo histórico acrescido, relacionado com a marca e o seu país de origem.
Posição de Condução
A Suzuki Katana tem uma posição claramente desportiva. Apesar da posição das mãos no guiador ser algo elevada e descontraída a colocação dos poisa-pés está algo mais recuada a obrigar a uma maior flexão das pernas do que na Kawasaki Z900 RS. A altura do assento é semelhante sendo o da Kawasaki mais alto 1 cm ( 835mm versus 825mm ) compensando a sua maior altura também com maior conforto.

Se considerarmos que as posições de condução estão directamente relacionadas com o tipo de utilização e posicionamento dos modelos pelas próprias marcas poderíamos concluir que a Suzuki Katana induz uma atitude mais agressiva e desportiva e a Kawasaki Z900 RS uma condução mais descontraída e menos tensa.

Motor
Os motores de ambos modelos seguem o mesmo tipo de arquitectura, 4 cilindros em linha, 4 tempos, DOHC, 4 válvulas por cilindro, injecção electrónica, refrigeração líquida e caixa de 6 velocidades. Já em matéria de valores variam ligeiramente na cilindrada, com a Katana com 999cc e a Z900 RS com 948cc. No entanto em termos de potência e binário as diferenças são mais expressivas, com a Kawasaki a debitar uma potência máxima de 111 cv às 8.500 rpm e um binário de 98 Nm às 6.500 rpm e a Suzuki com praticamente 150 cv às 10.000 rpm e um binário de 108 Nm às 9.500 rpm.

O motor da Kawasaki Z900 RS deriva directamente do motor da naked Z900, que é como se sabe um motor produzido a partir da Z1000, onde se trabalhou em termos da sua electrónica de forma a produzir uma entrega de potência mais evidente desde os baixos regimes. O motor da Suzuki Katana é o mesmo que montava a sua superdesportiva GSX-R1000RR de 2015-2018 , motor que foi também trabalhado no sentido de o converter num motor mais redondo, procurando maior entrega de potência nos baixos e médios regimes.
Ora, apesar de nos valores de potência existir uma diferença mais significativa de quase 40 cv, na Z900 o valor do binário máximo de 98 Nm aparece logo às 6.500 rpm enquanto que na Katana os seus 108 Nm de binário, uma diferença de apenas 10 Nm, atinge esse valor máximo apenas às 9.500, ou seja, mais 3.000 rpm do que na Z900. Esta realidade define de facto a diferença de regime de entrega de potência das motos e o comportamento das mesmas, sendo a Kawasaki mais redonda e com melhor resposta desde os baixos regimes e a Suzuki mais elástica e a pedir para rodarmos em regimes mais altos, mais semelhante a um comportamento de uma moto desportiva.

Os dois modelos optaram por adoptar um escape do tipo 4 em 1, realidade que não reflete a realidade das motos nas quais se inspiraram mas que de alguma forma, já naquela época, era hábito fazer-se o upgrade dos sistemas de escape originais por soluções mais “racing” e de sonoridade mais evidente proporcionadas pelos 4 em 1. Assim temos certamente uma redução de peso, pela adopção de uma única ponteira e que vem compensar o aumento cada vez mais evidente da dimensão dos elementos catalizadores devido ás exigências de redução de emissões.

Ciclística Quadro e Suspensões
Em termos de ciclística os dois modelos optam por configurações distintas. O quadro da Z900 RS é o mesmo da sua irmã naked desportiva Z900, embora adaptado para receber um Set de novos componentes, produzido trelissa de aço tubular. A Katana monta quadro de dupla trave em alumínio que deriva directamente da sua irmã GSX-S1000.

Em termos de braço oscilante a Katana, tal como o quadro e praticamente restante ciclística herdada a solução adoptada pela GSX-S1000, neste caso foi buscar o seu elemento traseiro à versão R de 2016, um braço oscilante em alumínio, de desenho desportivo e que garante uma enorme solidez no comportamento do trem traseiro. A Kawasaki é mais simples nesta matéria, com uma solução também em alumínio mas de secção quadrada, montando ambas mono-amortecedor central.
Em matéria de suspensões dianteiras a Katana monta forquilhas invertidas da KYB, de 43mm, com um curso de 120mm, totalmente ajustáveis, e que demonstraram um comportamento irrepreensível na leitura da estrada, privilegiando uma condução desportiva pela sua firmeza e desempenho. O amortecedor traseiro é também regulável em pré-carga de mola e em ajuste de hidráulico, algo firme e duro em piso degradado. A Z900 RS opta também suspensões invertidas desta feita de 41mm, com um curso idêntico de 120mm e com um setup mais confortável quer relativamente à sua irmã naked Z900 quer à Suzuki Katana.

Totalmente ajustáveis as suspensões da Z900 RS demonstraram um desempenho de excelência proporcionando um conforto acima da média, mesmo em mau piso, e garantindo uma maior abrangência de utilização. O amortecedor é também totalmente ajustável, com um curso maior de 140mm, o que confere um conforto acrescido e uma enorme eficiência e versatibilidade ao conjunto.
Travões e Rodas
A Kawasaki Z900 RS conta com dois discos dianteiros de 267mm e pinças radiais monobloco de 4 pistons, proporcionando um bom tacto e uma travagem progressiva e bastante controlável com apenas dois dedos. Na traseira monta um disco único de 216 mm com pinça de apenas um piston, ambos ajudados por sistema ABS. A Z900 monta jantes de liga de 17” com pneus de dimensão 120/70-17 e 180/55-17 respectivamente à frente atrás. Em opção a Kawasaki oferece jantes raiadas que fazem com que o modelo cole ainda mais à imagem da Z1 dos anos 70.

Já a Suzuki Katana como referimos antes herda muito das suas irmãs GSX S e R 1000, e conta com discos de maior dimensão que a Z, na dianteira dois discos de 310mm com pinças Brembo de 4 pistons com travagem assistida por ABS da Bosch. Monta jantes de liga também de 17” com dimensões idênticas ao da Kawasaki na dianteira , um 120-70-17 e na traseira um pneu com algo mais de dimensão, um 190/50-17. A travagem é também bastante eficiente e segura com uma mordida forte de início bastante controlável. Nunca rodámos ao limite pelo que o comportamento sempre foi previsível embora relativamente à Z900 RS sentimos algo menos em termos de agilidade e maior dificuldade por parte da Suzuki de ser colocada em curva, talvez pela diferença existente nas suas ciclísticas, na diferente distribuição de massas, pelo peso de mais quase 20 Kg da Katana ou simplesmente pela maior dimensão do pneu traseiro.
Electrónica e Ajudas à Condução
A Suzuki Katana conta com uma electrónica simples mas bastante eficaz em termos da sua intervenção. Conta com sistema de Controle de Tração que é desligável e regulável em três posições distintas; Low para condução desportiva, Medium, para condução normal em estrada e High para condução à chuva. Conta ainda com ABS Bosch não desligável e com sistema de arranque Easy Star que permite arrancar a moto com apenas um toque no botão do motor de arranque.

Relativamente à Z900 RS esta é também parca em ajudas electrónicas e para além de incluir ABS da Nissin apenas tem disponíveis dois níveis de Controle de Tração, por sua vez também desligável. O modo 1 é aquele que se recomenda para uma utilização normal e o modo dois para dias de chuva ou piso escorregadio.
Equipamento
No caso da Z900 RS a informação é disponibilizada em dois manómetros analógicos com acabamento cromado ligados por um pequeno painel digital que pela sua pequena dimensão e pouco contraste dificultam a leitura da informação. O farol redondo dianteiro é de tecnologia LED assim como o traseiro que se encontra coberto por uma característica “pala” em tudo semelhante à que utilizava a Z1 dos anos 70.

A Katana monta um painel de informação digital LCD personalizado com o símbolo da Katana quando ligamos a moto, concentrando toda a informação no mesmo. Conta também com iluminação de tecnologia LED nos dois faróis, dianteiro e traseiro e também nos intermitentes.
Condução
A Suzuki Katana tem uma condução alo mais parecida ao de uma naked desportiva, com o nosso peso mais sobre a frente da moto embora o guiador alto de início nos induza a uma posição direita. O seu motor de 150 cv derivado da superdesportiva R de 2015 convida-nos a explorar todo o seu potencial e a sua elasticidade é impressionante mostrando querer subir rapidamente de rotações a partir das 4.000 rpm.

A Katana carrega consigo todo o espírito rebelde do modelo original dos anos 80 e é a expressão contemporânea daquela que marcou para sempre a evolução da marca e do próprio segmento de desportivas tendo sido a primeira moto carenada a ser comercializada. Com um motor cheio e a pedir rotação a nova Katana não deixa ninguém indiferente pela irreverência das suas linhas e uma estética que se manteve actual ao longo de quase quatro décadas.

A Kawasaki Z900 RS é uma justa homenagem ao modelo Z1 dos anos 70. Partindo de uma base de enorme sucesso comercial como se tem vindo a afirmar a Z900 no mercado global a Kawasaki soube transformar a sua naked desportiva numa reencarnação de um dos seus icons do passado. É impossível não reconhecer na Z900 RS a tradição e DNA desportivo da marca japonesa, uma combinação perfeita de tecnologia contemporânea com linhas clássicas. Uma das mais bem conseguidas invocações do passado, a Z900 RS apesar do seu aspecto neo-clássico e sensação de enorme agilidade e facilidade de condução tem por baixo da sua capa “vintage “ o temperamento e o carácter de uma Z.
Target de mercado

O target de mercado de ambos modelos será um público que gosta de andar de moto e que não está demasiado preocupado em conduzir ao limite e que prefere rodar em estilo, celebrando a tradição das motos mais clássicas e de estética intemporal, sabendo porém que carrega consigo todos os argumentos para, a qualquer momento deixar envergonhadas muitas das desportivas actuais.
Conclusão
O estilo clássico e revivalista está cada vez mais na moda e vai angariando mais fãs todos os dias. O investimento em algo que se reveste de um carácter intemporal e que invoca modelos icónicos do passado terá sobretudo para uma determinada geração um sentido ainda mais evidente. Os dois modelos são isso mesmo, uma homenagem a dois modelos que fizeram história e que apesar da inspiração clássica das suas linhas estão repletos de tecnologia actual. Uma decisão entre ambas terá a ver com a ligação de cada um à marca ou ao modelo em si ou ainda por razões exclusivamente de estética.

A Katana talvez mais controversa pela sua estética ainda disruptiva, mas com um motor cheio e a pedir para explorarmos todo o seu potencial desportivo e a Z900 RS uma neo-clássica de estética talvez mais consensual, uma homenagem às clássicas desportivas dos anos 70, também repleta de argumentos tecnológicos e de um desempenho irrepreensível da sua ciclística e de uma excelente motorização.
Nota final de homenagem

Neste ensaio quisemos também inspirar-nos num icon do passado e homenagear aquele que foi um dos maiores pilotos de sempre e que marcou pelo seu carisma as provas de Campeonato do Mundo de 500, tendo sido Campeão do Mundo com a Suzuki nos anos de 1976 e 1977, o inesquecível Barry Sheene.

Para lhe prestarmos homenagem a nossa colega Margarida Salgado, com a responsabilidade de pilotar a Suzuki Katana, envergou um fato Dainese de época, réplica daquele que Sheene utilizava em pista, fato que foi precisamente por mim adquirido em Londres nos anos 70, na altura que Barry Sheene se sagrou Campeão do Mundo.
Resumo da Análise Comparativa
KAWASAKI Z900 RS
948cc / 111 cv / 98 Nm / 198 Kg / 12.895 eur / * 13.245 eur
Cores disponiveis 2020 3 cores:Vintage*, Especial e Preta
Gostámos Estética, motor nos baixos e médios regimes, conforto e agilidade
A Melhorar Resposta brusca do acelerador ride-by-wire e preço algo desajustado
SUZUKI KATANA
999 cc / 150 cv / 108 Nm / 215 Kg / 13.999 eur
Cores disponíveis 2020 2 cores: Preto e Cinza Prata
Gostámos Elasticidade do Motor, Travões, Estética
A Melhorar Suspensão traseira dura, apenas 12 litros combustível, preço alto
Ficha Técnica / Comparativa
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS | KAWASAKI Z 900 RS | SUZUKI KATANA |
MOTOR | ||
Tipo de Motor | 4 Cilindros em linha | 4 cilindros em linha |
Cilindrada | 948 cc | 999 cc |
Potência | 111 cv @ 8.500 rpm | 150 cv @ 10.000 rpm |
Binário | 98 Nm @ 6.500 rpm | 108 Nm @ 9.500 rpm |
Nº de Cilindros | 4 cilindros | 4 cilindros |
Distribuição | DOHC | DOHC |
Válvulas p/ cilindro | 4 Válvulas / Cil. | 4 Válvulas / Cil. |
Refrigeração | Líquida | Líquida |
Diâmetro x Curso | 73.4 x 56 | 73.4 x 59 |
Sistema de Arranque | Elétrico | Eléctrico |
Taxa de Compressão | 10.8 : 1 | 12.2 : 1 |
Injecção | Electrónica | Electrónica |
TRANSMISSÃO | ||
Caixa de Velocidades | 6 Velocidades | 6 Velocidades |
Tipo de Caixa | Sincronizada | Sincronizada |
QuickShift | ||
Embraiagem | Húmida,mlt disco, deslisante | Húmida, mlt.disco, assistida |
Transmissão Final | Corrente | Corrente |
QUADRO | ||
Tipo de Quadro | Trelissa de aço | Duplo berço/ Alumínio |
Sub-Quadro | ||
Ângulo da Direção | 25º | |
SUSPENSÕES | ||
Suspensão Dianteira | Invertida de 41 mm regulável | Invertida KYB 43 mm regulável |
Curso da Susp. Dianteira | 120 mm | 120 mm |
Suspensão Traseira | Afin. Pré-carga e hidráulico | Afin. Pré-carga e hidráulico |
Curso da Susp. Traseira | 140 mm | 129 mm |
TRAVÕES | ||
Travões dianteiros | Duplo disco 300 mm | duplo disco 310 mm |
Pinças de Travão Diant. | radial 4 pistons | Brembo 4 pistons |
Travão Traseiro | Disco de 250 mm | disco de n.d. mm |
Pinça Travão Tras. | fixa de 1 piston | 1 piston |
ABS | sim | sim |
JANTES E PNEUS | ||
Jante Dianteira | Liga leve 17" | 17" |
Medida do Pneu Diant. | 120/70-17 | 120/70-17" |
Jante Traseira | Liga leve 17" | 17" |
Medida do Pneu Tras. | 180/55-17 | 180/55-17" |
Tipo/Marca de Pneus | ||
AJUDAS ELECTRÓNICAS | ||
Modos de Motor | ||
ABS | sim | ABS |
Controle de Tração | 2 níveis | 3 níveis + desligado |
DIMENSÕES | ||
Comprimento | 2100 mm | 2125 mm |
Largura | 865 mm | 830 mm |
Altura máx | 1150 mm | 1110 mm |
Distância entre Eixos | 1470 mm | 1460 mm |
Altura do Assento | 835 mm | 825 mm |
Distância ao Solo | 130 mm | 140 mm |
Capacidade do Depósito | 17 Litros | 12 Litros |
Peso em Marcha | 215 Kg | 215 Kg |
Peso em Seco | 198 Kg | 207 Kg |
CONSUMOS / EMISSÔES | ||
Consumo Médio | 5.3 l / 100 Kms * | 5.5 l / 100 kms* |
Emissões CO2 | 136 g / Km | 27 g / Km |
* Informação de consumos de fábrica | ||
CORES 2020 / PVP | ||
Cores | Vermelho, Branco e Dourado | Tech Black, Icon Black, Pht Blue |
PVP Base s/ despesas de mat. | 11.898 eur | 12.750 euros |
OPÇÕES | ||
Cor especial | 210 eur ( cor Red e cor Gold ) | n.c. |
Packs | Active, Confort, Dynamic, Tour | Catálogo de Opções |
Concorrência

BMW R Nine T Pure 1.170 cc / 110 CV / 219 Kg / 13.918 euros

Ducati Scrambler 1100 1.079 cc / 86 CV / 211 Kg / 12.795 euros

Honda CB 1100 RS 1140 cc / 99 CV / 252 Kg / 13.650 euros

Triumph Thruxton Dual 1200 cc / 97 CV / 206 Kg / 13.800 euros

Yamaha XSR 900 847 cc / 115 CV / 195 Kg / 9.995 euros
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