Maioria dos portugueses não tem condições para adquirir um carro elétrico

Publicado por Diogo 3 days ago

A maioria dos portugueses gostaria de optar por um carro elétrico, mas não tem condições para a sua aquisição. A conclusão é de um estudo realizado pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) sobre a ‘Mobilidade Elétrica em Portugal’.

O estudo que contou com a participação de cerca de 1,550 pessoas entrevistadas através do sistema ‘CATI – Computer Assisted Telephone Interviewing’, concluiu ainda que só 2,2% dos portugueses tem um veículo elétrico sendo que, "86% destes são modelos com menos de cinco anos" e entre os proprietários, a maioria são homens "mais velhos, da região centro e da classe alta”.

Apesar da maioria conduzir regularmente o seu automóvel (78%) e de não ter dúvidas em gostar de trocá-lo por outro com uma fonte de energia mais amiga do ambiente, “o preço e a autonomia ou a ausência dela, são os principais entraves para que o façam. A realidade nos parques automóveis onde os combustíveis verdes ainda têm pouco impacto, também reforça esta realidade”, adianta o estudo.

Dos condutores com veículos elétricos e que participaram no estudo, "quase metade (43%) assume dificuldades em encontrar lugares para carregar o carro e dois em cinco destes condutores, afirma que é difícil carregá-los em casa".

“Na possibilidade da compra de um carro elétrico, a maioria optaria por um de marca tradicional, enquanto 24% optaria por uma marca nova. Grande parte dos mesmos inquiridos reconhecem que é mais barato circular com um veículo elétrico do que num movido a combustão”.

Relativamente aos percursos feitos com carro elétrico, 30% dos inquiridos revelou realizar viagens apenas dentro da cidade, o que reforça a ideia de que este é um percurso ideal para este tipo de veículos, nomeadamente entre casa e empresa. "Já 28% diz fazer viagens de até 30 km e 25% refere já fazer viagens de média distância (entre 30 e 60 km)".

Quanto à responsabilidade assumida com carregamentos, três em cada quatro dos inquiridos admite ser responsável pelo pagamento das despesas de carregamento do seu carro elétrico, e apenas 6% dos entrevistados revelou que são as empresas a suportar essa despesa.

Na apresentação do estudo, Carlos Barbosa, presidente do ACP realçou outros fatores importantes que ressalvam das principais conclusões do estudo como a “liberdade de escolha do consumidor. Sintéticos, elétricos ou hidrogénios, todos podem vir a ter lugar e existem posições distintas na defesa de cada solução. Além da liberdade, o determinante é que as escolhas de cada um venham a estar em consonância com o que a sociedade e os tempos exigem”

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